A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida .

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

V. de Moraes
16.10.11 / Postado por Pah /

"Sem querer ser nostálgica, mas percebo nitidamente sinais de que eu estou ficando velha.
Eu sou do tempo que o legal era agradar as pessoas que nós gostamos e gostam da gente. Hoje, parece que o legal, é justamente o contrário; quanto mais você se esforçar em ir de encontro àqueles que te cercam, melhor é. Tipo: Quanto mais você não se importar com a opinião das pessoas que você tem por perto, melhor você é! A política do : “Ei, eu estou com você, mas não estou nem aí para o que você acha” faz o cara se sentir realizado!
Eu sou do tempo que demonstrações públicas de afeto, carinho e respeito com a família, namorada (o), esposa (o), amigos eram super legais! Hoje, quanto mais frio e imparcial for o ser humano, melhor ele se sente!
Eu sou do tempo em que era legal você se preservar, era legal você ter o que mostrar apenas para “determinada(s)” pessoa (s). Hoje em dia, é um Deus nos acuda mesmo. Quanto mais exposição da sua figura você usar para se mostrar pra todo mundo, mais sensacional você se acha, nem que, para isso, você tenha que mostrar o útero! O que é que tem? O que importa é chamar a atenção. Mas, claro que não pelas idéias!
Eu sou do tempo em que a gente chamava os professores de senhor e senhora e assim....era legal ser desse jeito, era legal tratar os outros com respeito. Ninguém achava você otário por causa disso. Era apenas e então somente a nossa obrigação! E, por incrível que pareça, não precisava ter uma cartilha específica para o assunto. Era óbvio, desde que a gente se conhecia por gente, que a gente devia o mínimo de respeito às pessoas! Hoje, se o professor quiser fazer a chamada, ele tem que pedir, por favor, senão, pode ser que ele leve uma cadeirada (na melhor das hipóteses)!
Eu sou do tempo que a gente era chamado de gordinha, quatro-olhos, magricela, dentuça e ninguém se achava no direito de matar ninguém quando virava adolescente, por conta disso. Não, a gente até ficava bem triste, mas as coisas eram resolvidas, na maioria das vezes, por nós mesmos, sem maiores efeitos.
Eu sou da época em que, se um menino de 14 anos era afim de uma menina, ele esperava durante seis meses, por aquela festa de confraternização do colégio, com nega maluca, Fandangos e Cini pra olhar e falar com ela. Hoje, ele cria um estereotipo na internet, faz um perfil, no qual ele mesmo se intitula “o cara”, machão e pegador e sai escrevendo milhões de gírias (porque ele não sabe escrever sequer uma palavra inteira), além dos tradicionais adooooooooorrrrrooooooo, que não querem dizer coisa alguma, porque, pelo amor de Deus, quem é que é tão parecido com Francisco de Assis, que tem a capacidade de adorar tanta gente que nem conhece direito? E o pior, esse modo tão inteligente de se comunicar com as pessoas virou uma “mania” não só entre os garotos de 14 anos não, têm muitos, da minha “recheada” idade, que aderiram ao lema: “Sou fútil e me orgulho disso!”.
Eu sou da época em que as meninas de 13 anos eram meninas mesmo e, assim sendo, “sonhavam” até com o primeiro beijo....imaginem só! Hoje, perder a virgindade bêbada, com o primeiro “futuro delinqüente” que se vê numa balada, faz, muitas “meninas” de 13 anos (que hoje, em sua imensa maioria, não são meninas faz tempo), se sentirem despojadas como a Lady Gaga!
Eu sou da época que era legal pensar. Era legal estar perto de pessoas inteligentes, que tinham coisas úteis pra dizer. Atualmente, infelizmente parece que, para algumas pessoas, desde que você tenha um corpinho legal, é até melhor que você seja estúpido (a) e vazio (a).
Será que eu estou tão velha assim ou não estou sendo capaz de acompanhar tanta “modernidade”?"
 
Fonte: Desconheço o autor

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